Fecho os olhos e adormeço por breves instantes. Olho no fundo de mim e imagino-te a tocar a minha cara levemente, a sorrir para mim com essa tua simplicidade com que sempre sorris. O teu olhar cruza-se com o meu e, por breves instantes, o tempo pára. Beijo-te o nariz como forma de te acarinhar e tu voltas a sorrir levemente.
Quando abro os olhos novamente aqui estás tu, deitado do meu lado com o mesmo sorriso com o qual sonhei. Beijas-me a testa, o nariz, a cara os lábios e abraças-me com força, transmitindo-me a segurança de que preciso para enfrentar o dia lá fora.
Tudo se torna simples. O amor não é complicado, pelo contrário, no amor "descomplica-se". Não esperamos mais do que temos um do outro, não impomos objectivos, não nos obrigamos porque estamos juntos de livre vontade, de uma forma tão simples como respirar.
Há muito dizia que nada queria sentir ou que se sentisse que me levasse de uma forma avassaladora, que me enchesse e cuidasse de mim. E aqui estás tu, a dar-me a mão sem eu te pedir e a proteger-me sem me pedires nada em troca.
Cuidamos um do outro e isso faz de nós pessoas felizes, inteiras e completas e o amor é isso mesmo, deixar que ele entre, permaneça e cuide de nós enquanto o tempo se encarregar de nos manter completamente felizes.


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