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Abri as asas e voei



Abri as asas e levantei voo. Esperei cair redonda no chão, mas em vez disso, voei pelo céu com os pulmões a encherem-se de ar puro, os olhos a absorverem todas aquelas novas cores e o coração cheio de emoção a bater descompensadamente.
Tinha tentado tantas vezes e tinha sempre caído, mas desta vez a esperança vinha renovada. Quando tirei os pés do chão eu sabia que algo de bom iria acontecer, que desta vez era diferente porque eu acreditava em mim. 
Foi preciso saber esperar pelo momento certo e nisso a vida foi perita em ensinar-me, tal como me ensinou a nunca desistir, a ter fé e esperança. Cada coisa tem o seu momento, nós temos o nosso destino e as coisas boas virão no momento certo, quando temos o coração aberto para as receber e estamos prontos para nos darmos aos outros. 
E foi quando me senti pronta para te receber que eu voei, soltei-me dos meus medos, das minhas inseguranças e atravessei o céu bem no alto de mim a percorrer os sonhos que transbordam do meu pequeno eu. 
Fui em busca do que me faz feliz sem nunca olhar para trás, determinada em encontrar-me e em encontrar nas pequenas coisas a felicidade.E encontrei-te logo ali, à minha espera, bem à frente dos meus olhos, com a serenidade que eu tanto precisava. Talvez sempre aí tivesses estado, tu à minha procura e eu à tua, mas sem sabermos quem eramos e que nos pertenceríamos. 
Olhaste-me como se visses dentro de mim, da minha alma e soubemos os dois que a partir daquele momento voaríamos juntos. E voámos.  


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