Quando dói, dói a sério. Porque somos bons demais e acreditamos que os outros o serão também. Porque vemos sempre o lado bom, mesmo naqueles em que esse lado está bem escondido.
Dói quando acreditamos e temos fé nos que cruzam o nosso caminho. E dói principalmente quando os vemos partir noutra direcção sem nos levarem com eles.
Dói quando se ama e não se é correspondido, quando amizades de anos eram tudo e se transformam num nada.
Dói a perda para sempre de quem fazia parte de nós, o vazio que se instala quando se vão.
Mas o que dói dá-nos vivências, dá-nos armas para sabermos ultrapassar situações semelhantes no futuro e dá-nos acima de tudo descobertas. Descobrimos em nós forças que não imaginávamos ter, descobrimos pessoas que chegam na hora certa e nos dão sorrisos sem pedirem nada em troca, mas acima de tudo descobrimos saber amar na ausência e transformar a saudade num amor maior que nos leva a acreditar que quem parte, estará sempre perto de nós.
Aquilo que dói, faz feridas, pois "quem não sente, não é filho de boa gente" e se dói é porque sentimos, é porque vivemos.


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