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Os fins não justificam os meios




Tenho muitas vezes diálogos interiores em busca de respostas que sei que só eu posso dar a mim mesma e, no meio de todos esses diálogos, há um que se repete sucessivamente, porque continuo a ter dificuldades em perceber a celebre frase que se diz dos "fins justificarem os meios". Não entendo, não consigo entender, nem quero entender. Custa-me a crer que qualquer fim justifique determinados meios. Custa-me especialmente a desilusão depois de me iludir com a vontade de acreditar que todas as pessoas poderão ser boas pessoas. Provoca-me até uma certa revolta e aquela "comichãozinha" que nos incomoda sucessivamente, quando olho em meu redor e vejo tantas vezes praticada essa celebre frase. 
Tenho uma certa "alergia" aos que olham de dentro para dentro, aos que não sabem calcular os estragos que irão fazer e, acima de tudo, aos que depois de lançarem a bomba, têm um certo gosto em apanhar os destroços. E quando vejo isto acontecer dá-me vontade de abanar as pessoas, saltar para a cena do filme e dizer: "olha à tua volta, nenhum fim justifica os meios, e hoje o que fazes aos outros amanhã alguém to pode fazer". Mas isto sou só eu a divagar e a ter mais uma vez estes eternos diálogos que teimam em não me dar respostas. 
De qualquer forma, creio que este será sempre um diálogo que irei ter e onde nunca irei encontra a resposta, pelo menos enquanto acreditar que as pessoas poderão escolher fins diferentes que não precisem de meios para os justificarem.


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