Há alturas em que é difícil parar para pensar. O tempo é tão escasso, a vida corre tão rápido que nós corremos atrás dela para que nada nos escape. A verdade é que, quando começamos nessa agitação, esperamos que quando pararmos tudo permaneça exactamente igual, tudo arrumado nos mesmos sítios sem que nada se tivesse mexido.
Certamente, as coisas mudam, nós próprios mudamos. A nossa maneira de ver as coisas deixa de ser a mesma e, na maioria das vezes, olhamos para aquilo que deixámos arrumado num determinado local e já não faz sentido ali estar. Muitas vezes as coisas deixam de lá estar, elas próprias movem-se e fogem do seu lugar e nós, ou temos vontade de as voltarmos a colocar onde estavam, ou deixamos que elas tomem a sua própria decisão de voltar ou ir de vez.
A vida é mesmo assim, tudo toma o seu rumo e na grande parte das vezes já deveríamos estar à espera que assim fosse. Perdemos algumas coisas, ganhamos outras, mas aquelas que permanecem fortificam-se, os laços tornam-se mais fortes e, por vezes, nem sempre é nos momentos mais difíceis que vemos o que é realmente importante e sim, nos momentos de maior felicidade, quando vemos que os que compartilham esses momentos connosco vivem a mesma felicidade que nós de forma tão genuína como a nossa e não a vêem como um entrave à sua própria felicidade.
A verdade é esta, o tempo urge, a vida muda a cada segundo e aquilo que ganhamos será sempre maior do que o que perdemos e, se perdemos é porque nunca deveríamos ter ganho antes, contudo fica a experiência, as memórias e as lições de vida, isso sim, será sempre parte de cada um de nós.


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