É preciso estar longe para sabermos que os que amamos são pessoas reais, que o coração fica apertado por não respirarmos o mesmo ar e por não os conseguirmos tocar sempre que quisermos. Custa estar longe, custa não pertencer naquele momento ao momento de quem amamos. Mas estar longe faz-nos pensar em silêncio, escutar a voz interior que nos diz que caminhos devemos seguir e fortalecer o amor que sentimos por aqueles de quem estamos longe.
Estar longe trás saudade, trás um vazio em nós, trás a sensação de ausência de uma peça de um puzzle (ou de várias). Estar longe faz-nos querer fechar os olhos e sentir perto as recordações que temos dos cheiros, do toque, do calor dos que são nossos. Mas este estar longe também trás a esperança no regresso, a felicidade do reencontro e a vontade de receber o abraço com que tanto sonhámos enquanto não estivemos perto.
A felicidade está no regresso ao que nos faz bem, na vontade de abraçar sem tempo contado e na certeza de que são estes que nos recebem no conforto do lar que serão sempre quem queremos manter perto do coração mesmo que estejam longe dos nosso olhos.


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