Tento muitas vezes acreditar que as coisas acontecem por algum motivo, que cada pessoa que passa pela nossa vida nos ensinará algo e que, de alguma forma, iremos tirar algum partido das coisas menos boas que acontecem.
Tento, é verdade...mas há dias que falta a força e a coragem para acreditar. Há dias em que por mais voltas que a cabeça dê a tentar decifrar o significado das coisas que acontecem, ela dá um nó e parece que tudo se torna confuso e enevoado, as respostas não aparecem diante dos olhos e a indignação acaba por se apoderar de mim. Sei que não posso, nem devo ficar agarrada ao que me faz confundir-me. Parar significa esquecer que o mundo que está à minha volta não pára, significa perder-me de mim, dos meus objectivos.
E é nestas alturas que fecho os olhos respiro fundo e vou buscar a única coisa que me resta, a fé. A fé em tempos melhores, a fé naquilo que o destino me reserva, a fé nos que me amam, mas acima de tudo a fé em mim. Só eu poderei acreditar que o que virá será melhor, que não será a rastejar no que foi que irei ver o que está mais além.
Depois da queda, por muitas mãos que me queiram esticar, apenas eu me poderei levantar, sozinha, sem empurrões. Basta-me fé na minha força interior, tirar os pés da cama, levantar-me e acreditar que hoje é o dia e não mais um dia.


Comentários
Enviar um comentário