Saudade é o que vês nos meus olhos se espreitares lá bem no fundo. Saudade da inocência dos tempos em que tu existias para me protegeres, saudades da tua voz grave e das tuas mãos calejadas pelo tempo e pela vida. Saudades dos teus olhos, do teu sorriso que grande parte das vezes só esboçavas para mim, das tuas repreensões e da tua chegada a casa de mala na mão cheia de bagagem de uma vida que não te deu tréguas.
Quero agarrar-te na minha memória com toda a força que tenho. Quero deixar-te viver dentro de mim, da minha alma, como se nunca tivesses ido embora e me continuasses a proteger de todos os pesadelos que tenho de noite.
Segredo-te todos os dias. Confesso-te os meus maiores segredos, aqueles que não conto a ninguém e escondo bem debaixo da minha almofada para que só eu lhes possa tocar. Conto-te os meus medos, as minhas inseguranças, os meus desejos e ambições e eu sei que me escutas com a atenção de quem o tempo já não importa.
Tenho saudades tuas.


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