Não sou de meias medidas, de estar no meio da balança sem pesar nem para um lado, nem para o outro. Não gosto de "mais ou menos" e de "talvez". Gosto de sins e de nãos, de é ou não é. Esta maneira de se viver nos intervalos da chuva não me dá qualquer tipo de emoção.
Gosto de opiniões fortes, de decisões destemidas, mesmo que lá por dentro, não seja bem assim e haja a ansiedade e o medo das consequências. O que interessa é enfrentar as decisões que tomamos, viver com a consciência de que seja qual for a consequência, a decisão e a verdade já ninguém nos tira. Viver na indecisão e nos eternos "ses" deixa-me com uma certa "comichão", como se não conseguíssemos avançar nem recuar, como se faltasse a ponte para atravessarmos para o outro lado.
Há decisões que custam e opiniões que vão gerar controvérsia, mas se todos seguíssemos a mesma linha e o mesmo caminho seríamos formigas e não seres humanos com capacidades diferentes e opiniões diferentes.
A verdade é que gosto de sentir que estou livre daquele "nó" que não se desenlaça porque não queremos ferir susceptibilidades ou porque não queremos mostrar o que somos. Gosto de perceber que as pessoas gostam de mim pelo que sou e não pelo que querem que eu seja e que olhem para mim e vejam nos meus olhos a transparência do meu coração.
Se soubermos falar com o coração não há sim nem não nem é ou não é que vá permitir que a nossa luz não brilhe com a mesma intensidade porque somos diferentes daquilo que os outros são.


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