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Que venha 2017






Em fase de viragem e de balanços daquilo que foi 2016, nunca tive tanta certeza de que "aquilo que não nos mata, torna-nos mais fortes".
Um ano difícil este, mas que me fez crescer e perceber que às vezes é preciso dar dois passos atrás para darmos um em frente.
Um ano de perdas, perda de quem me viu crescer e fez tantas vezes o lugar de "pai", perda de amizades, perda de fé nas pessoas e naquilo em que acreditava piamente. 
Ano de escorregar, de cair, respirar fundo e voltar a levantar. Levantar com mais força e determinação. 
Aprendi a ter calma, a ser paciente e a perceber que não temos o controlo de nada, nem mesmo da nossa própria vida. Que é preciso confiar e ter fé no futuro e naquilo que nos reserva. 
Percebi que as pessoas nem sempre são justas connosco, que o tempo encarrega-se de colocar cada um no seu devido lugar e que só ficam aqueles que gostam de nós até em dias de trovoada.
Descobri que não preciso que todos gostem de mim e tornei-me ainda mais fiel a mim mesma , mesmo sabendo que muitas vezes iria remar contra a maré para fazer prevalecer os meus princípios e os meus valores. 
Entendi que a palavra "não" existia no meu dicionário e que o facto de dizê-la não me iria tornar menos boa pessoa do que sou, apenas me dava o livre arbítrio de escolher onde queria ficar e para onde queria ir.
Sobretudo lutei, suei e quis desistir mas houve sempre alguma voz dentro de mim que nunca me deixou e que me fez acreditar que nada seria em vão. E não foi. Cresci e rejuvenesci, vivi cada momento e acima de tudo amei dando tudo o que tinha para dar, tornando-me consciente de que a felicidade somos nós que a fazemos mesmo escorregando mil vezes e tropeçando outras mil. 
De 2016 levo 5 palavras: Amor, Fé, Confiança, Persistência e Luta.
De 2017 espero leveza e amor para os dias em que o sol bate na janela e fé para os dias em que a tempestade teima em não passar, na esperança de que haverá sempre algo melhor.


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