Memórias d'Algodão Doce

Não sou apologista de que devamos fazer aos outros o que nos fazem a nós e muito menos dar ouvidos a vozes que nos desacreditam e tiram a fé e amor próprio. Acredito em nós enquanto povo, enquanto nação e se há coisa em que sabemos mostrar a fibra de que somos feitos é no desporto. Seja no futebol, no atletismo, nos paraolímpicos, somos um povo que luta e que corre para chegar ao fim com a vitória na mão. Não desistimos, mesmo que por vezes, como bom povo português que somos, sejamos pessimistas e não acreditemos nas nossas capacidades, mas somos assim e no quotidiano não fugimos à regra do que se passa no desporto. Somos lutadores, pequeninos em tamanho de país mas grandes na forma como corremos atrás dos sonhos. Temos tantos portugueses além fronteiras a tentar conquistar o mundo e outros tantos cá "dentro" a tentar também ter um "lugar ao sol". Cantamos em uníssono o hino da nossa História e carregamos nos ombros, com orgulho, as cores da nossa bandeira. ...

As melhores memórias são aquelas que fotografas com o coração, aquelas que te fazem ficar com pele de galinha e renascer das cinzas. As melhores memórias são aquelas em que tu ris, choras de tanto rir e quando te lembras delas consegues voltar a sorrir como se as voltasses a vivê-las. Coleccionamos fotografias de momentos, diários em que apontamos tudo para não nos esquecermos de nada do que fizemos, de nada do que dissemos. mas o que verdadeiramente importa é o que fica guardado no coração, que nos faz sentir sem tocar e reviver como se voltássemos a amar em cada momento. O tempo leva as folhas e as fotografias com ele, mas na ponta dos nossos dedos estará sempre as almas que tocámos, nos nosso braços estarão sempre os abraços que nos fizeram amar e no nosso coração há-de sempre ecoar as vozes daqueles iremos querer sempre relembrar.