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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2016

Gosto de quem sabe ser

Não sou de meias medidas, de estar no meio da balança sem pesar nem para um lado, nem para o outro. Não gosto de "mais ou menos" e de "talvez". Gosto de sins e de nãos, de é ou não é. Esta maneira de se viver nos intervalos da chuva não me dá qualquer tipo de emoção.  Gosto de opiniões fortes, de decisões destemidas, mesmo que lá por dentro, não seja bem assim e haja a ansiedade e o medo das consequências. O que interessa é enfrentar as decisões que tomamos, viver com a consciência de que seja qual for a consequência, a decisão e a verdade já ninguém nos tira. Viver na indecisão e nos eternos "ses" deixa-me com uma certa "comichão", como se não conseguíssemos avançar nem recuar, como se faltasse a ponte para atravessarmos para o outro lado.  Há decisões que custam e opiniões que vão gerar controvérsia, mas se todos seguíssemos a mesma linha e o mesmo caminho seríamos formigas e não seres humanos com capacidades diferentes e opiniões dif...

Uma vida não chega

É estranho sabes? É estranho saber que todos os dias posso ver-te, abraçar-te ao fim do dia e contar-te tudo o que me faz feliz e preocupa, mas ainda assim sinto saudades tuas, sinto a tua falta. Parece que um dia não chega, que, uma vida apenas, é curta e que o tempo escorrega por entre os dedos e eu só o quero agarrar para não ter de te deixar ir embora mais uma manhã. Todos os dias nos redescobrimos, todas as horas são perfeitas para nos voltarmos a apaixonar um pelo o outro, como se cada vez que nos reencontrássemos fosse sempre uma primeira vez. Hoje apaixonar-me-ei pelo teu sorriso, amanhã pelos teus olhos e quando não houver mais nada por que me apaixonar, reinventarei o amor contigo. Só faz sentido se for contigo e se nos descobrirmos juntos a cada hora, mesmo que essa hora seja rápida e tenha de te largar a mão e reencontrar-te novamente apenas ao fim do dia. E quando chegar esse fim do dia estaremos à espera um do outro para nos amarmos eternamente. E sabes o que...

Carta para o Céu #2

Não consegui escrever durante semanas. A tua falta, a forma como tudo aconteceu deixou-me marcas, marcas essas que nunca conseguirei esquecer e que me tiraram a vontade de escrever fosse o que fosse. No entanto, sei que merecias esta minha última homenagem, este meu adeus que não te quis dizer, mas que me obrigaste a fazê-lo quando não consegui fazer mais do que fiz e me senti a pessoa mais impotente neste mundo.  Sei que agora estás feliz, que agora vives (não vivendo) em paz, mas a verdade é que não queria deixar-te ir, pois se há pessoas eternas, tu és uma delas e eu queria continuar a acreditar que serias eterno na minha vida, mas tornaste-te eterno apenas em mim e nas minhas memórias.  Eras afável e todos te queriam bem. Eras o avô, o pai e acredito que tenhas sido o irmão e o filho que qualquer um gostaria de ter tido. Ensinaste-me o lado bom da vida, aquilo que uma criança precisa de ver, ouvir e sentir. Mostraste-me como o mundo poderia ser bonito e simples...